segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Site Ururau denuncia irregularidades cemitério público de Goitacazes

Denuncia: ocupação irregular de cova e queima de caixão em Goitacazes

Uma idosa de 85 anos, que faleceu na manhã deste sábado (03/08), não pode ser enterrada no Cemitério Público de Goitacases, na Baixada Campista, porque o túmulo que pertencia a família a mais de 15 anos estava em posse de outra pessoa que eles desconhecem. Segundo eles, após terem procurado o coveiro do local para adiantar o processo do enterro, os mesmos foram informados que a sepultura, onde a família alega que pertenceria a idosa, estava sob o poder de outra pessoa e que no local teria sido realizado um sepultamento a cerca de um ano. A outra denúncia da família veio através de fotos enviadas aoSite Ururau. Nelas é possível observar um caixão queimado e possíveis ossos expostos.
Duas netas da idosa contaram que o túmulo foi comprado depois da morte do avô delas e que o último sepultamento teria sido realizado há dez anos e que o túmulo pertencia à família há 15 anos.
 “Os filhos vieram aqui atrás do responsável pelo cemitério, mas ele [o coveiro] informou, primeiramente, que não sabia qual era a sepultura. Como se não bastasse, outro familiar descobriu a sepultura, mas o coveiro disse que o túmulo não pertenceria a nossa família, mas sim a outra pessoa que também não sabemos quem é. Esse túmulo pertence a nossa família a mais de 15 anos, o último sepultamento foi do meu avô há dez anos”, informou a neta Marcela Barbosa Rodrigues, 27 anos
Os parentes ainda reclamaram da falta de organização do cemitério. “Aqui é uma bagunça. Os túmulos não tem numeração para comprovar que a sepultura pertence ou não aquela pessoa, o local não tem uma administração correta, não existe espaço entre os túmulos, a gente não pode nem andar direito dentro do cemitério. Sem contar que se chegar uma pessoa e quiser enterrar um ente querido, ela pode fazer, basta alegar que a sepultura é dela, pois os túmulos não tem identificação”, contou a neta.
A concunhada da idosa também informou que tentou ceder o túmulo da família dela, mas que não pode porque o cemitério não sabia a localização do mesmo. “Eu quis ceder o túmulo da minha família para enterrá-la, mas quando eu cheguei ao cemitério para ver isso eles não sabiam onde ficava o túmulo, porque eles não têm numeração, é uma desorganização total”, ressaltou Marcela.
Os familiares informaram que a idosa só pode ser enterrada na manhã desta segunda-feira (05/08) depois que a igreja que ela fazia parte doou um túmulo no cemitério de São Sebastião. “Minha avó só conseguiu ser enterrada depois que o pastor cedeu um túmulo para enterrar minha avó. Isso é um tremendo absurdo e uma falta de respeito, já que ela comprou o espaço para ser enterrada dignamente”, concluíram as netas.
Além do transtorno que a família passou, eles ainda presenciaram uma cena que os chamou muito a atenção dentro do cemitério. “Quando nós estávamos lá dentro vimos um caixão aberto num canto saindo fumaça, como se alguém tivesse colocado fogo, e vimos também ossos perto do caixão, uma situação muito estranha e horrível de presenciar”, contou uma das netas.
O Site Ururau entrou em contato com a Companhia de Desenvolvimento do Município de Campos (Codemca), órgão responsável pelos cemitério de Campos e emitiram uma nota informando que irá apurar os fatos e que irá organizar uma reunião na quarta-feira juntos aos familiares.
NOTAO presidente da Companhia de Desenvolvimento do Município de Campos (Codemca), Celso Gonçalves, informou que vai apurar os fatos e que a família pode procurá-lo na quarta-feira (07), a partir das 9h, na Codemca, no Shopping Estrada. O presidente da entidade afirma que "vai levantar junto à família todos os fatos para evitar que situações como esta se repitam, levando transtornos a quem já está passando por um momento difícil".
Os parentes informaram que caso a família não consiga uma resposta convincente eles pretendem acionar o Ministério Público (MP) e denunciar o ocorrido. Eles também revelaram que o próprio coveiro teria dito que já existe um processo em aberto contra o cemitério, por conta da mesma situação.
O município de Campos possui 23 cemitérios espalhados pela área urbana e rural, e todos são administrados pela Prefeitura, através da Companhia de Desenvolvimento do Município de Campos (Codemca).
OSSOS HUMANOS E PARTES DE CAIXÕES JOGADOS EM TERRENO EM TRAVESSÃO
Moradores do bairro de Arraial, em Travessão denunciaram às autoridades em março de 2012, o despejo de ossos humanos, arcadas dentárias e pedaços de caixões num terreno baldio, próximo do cemitério da localidade, a margem da BR 101. Segundo os moradores das proximidades, o despejo é feito várias vezes no mês, por carroceiros, que retiram o material do cemitério e jogam no local. 

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Manifestação por melhorias em Caxias de Tócos


Moradores da localidade de Caxias de Tócos, na baixada campista, fizeram uma manifestação na manhã desta segunda-feira, reivindicando melhorias na localidade. Segundo eles, o local não conta com Unidade Básica de Saúde (USB), as ruas não possuem asfaltamento, não tem área de lazer, entre outros questionamentos. O superintendente da secretaria de Obras e Urbanismo de Campos, Ronaldo Alberto, esteve no local e informou aos moradores que as melhorias de infraestrutura de Caxias de Tocos estão em processo de licitação.
Esta é a segunda manifestação que os moradores de Caxias de Tócos fazem este ano pedindo melhorias. No início do mês de abril, os moradores fecharam a rua principal da localidade. Caxias fica entre Tócos e Ponta Grossa dos Fidalgos.

sábado, 4 de maio de 2013

Obras na RJ 216 com atraso de 4 meses

As obras de duplicação da RJ216, orçadas em R$ 56 milhões, ainda não têm previsão de ser concluídas e geram dúvidas e transtornos aos moradores e comerciantes de bairros que estão sendo beneficiados com a obra. A entrega da primeira etapa da obra já está atrasada quatro meses. O trabalho, iniciado em abril de 2011, teve o prazo para entrega anunciado, inicialmente, em 18 meses, o que não aconteceu. Os trabalhos não foram interrompidos, mas estão acontecendo a passos lentos, o número de  trabalhadores também teria reduzido.
A previsão inicial de término da primeira etapa, que vai da avenida 28 de Março até ao posto 12 do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv), era para dezembro do ano passado.
Quem não anda nada satisfeito com essa demora são os moradores e comerciantes, que reclamam que a não conclusão das obras tem prejudicado a travessia dos pedestres e a poeira tem adoecido muitas crianças.
Manoel Gonçalo, 57 anos é comerciante no local. Ele informou que desde que a obra teve início o seu faturamento diminuiu em 50%. “Agente sabia que a obra seria demorada, mas não esperávamos um tempo tão grande e esse ritmo quase parando. Agente vê muito pouco operário por aqui. Até quando teremos que esperar, porque o meu prejuízo ninguém está cobrindo”, disse ele.
A dona de casa Maria Aparecida Cardoso, 34 anos, também não está satisfeita com a demora. Segundo ela a passarela ainda não foi concluída e para atravessar é muito perigoso.
— Sabemos que será um benefício, mas essa demora está tirando o nosso sossego. Não consigo atravessar para pegar o ônibus para ir trabalhar com tranquilidade, tenho que enfrentar esse trânsito louco ariscando a vida tentando atravessar. Queremos uma resposta sobre a conclusão pelo menos da passarela — disse
A Secretaria de Obras e Urbanismo, através da assessoria da prefeitura, informou que a obra está com a primeira etapa em fase final e, em breve, será concluída.

Créditos:
Jane Ribeiro
(www.fmanha.com.br)

Parque Real: 7 anos de esquecimento

Considerado pelos moradores um bairro recente, o Parque Real, situado no distrito de Goitacazes, acumula uma série de problemas. Assim como no bairro Transmissor, no Parque Real não existe água encanada, rede de esgoto e ruas precisam ser asfaltadas. Como se não bastasse, os moradores carecem de um posto de saúde e uma área de lazer. Além disso, certas ruas não têm rede elétrica pública, nem domiciliar. Segundo os moradores, este bairro existe há sete anos. Sete anos de esquecimento.
As pessoas que vivem neste bairro sentem-se ofendida, já que ainda convivem com poço e com a ausência de uma rede de esgoto. A dona de casa Vilça de Azeredo, de 62 anos, afirmou que a água é péssima. “A água aqui chega a ser nojenta e para cozinhar, precisamos comprar água. Eu acho isso um absurdo. Onde já se viu um bairro sem água encanada?”, questionou.
Este aborrecimento não se restringiu somente a esta moradora. Também dona de casa, Ana Claudia de Azevedo, de 31 anos, afirmou que o sentimento vivido pelos moradores é de esquecimento. “Temos que bombear a água do poço e a água aqui é horrível e suja”, ressaltou.
Este problema se agrava quando se une a ausência de uma rede de esgoto. “Onde já se viu? Falta água encanada, rede de esgoto. Falta tudo”, afirmou a dona de casa Vilça de Azeredo.
Em relação a este problema, a secretaria de Comunicação (Secom) da Prefeitura de Campos disse que a instalação de rede de esgoto é de responsabilidade da concessionária Águas do Paraíba.
As críticas ganham uma dimensão maior. No prolongamento da rua Sabiá, as pessoas reclamam da falta de asfalto.
— Aqui quando chove, fica com lama até na canela. É insuportável para andar. Se o asfaltamento fosse completo, seria mais fácil. Mas, somos obrigados a conviver com lama, rua alagada. Os próprios moradores se unem para tentar amenizar a situação, jogando pedras nos buracos que se formam — destacou o aposentado José Rubens Alves, de 65 anos.
Quanto ao problema de falta de asfalto, a Prefeitura de Campos, através da assessoria de imprensa, disse que está dotando 51 ruas de Goitacazes de total infraestrutura, através do Bairro Legal. Porém, uma equipe irá ao local para avaliar as condições do bairro e tomar as medidas cabíveis.

Créditos:
Marcelle Salerno
Foto: Helen Souza
(www.fmanha.com.br)