quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Prefeitos reunidos em Barra do Furado

Será que agora a obra sai do papel?

O prefeito Nelson Nahim esteve reunido ontem com o prefeito de Quissamã, Armando Carneiro, visitando a Barra do Furado. Os dois apresentaram oficialmente o projeto do Complexo Logístico e Industrial Farol-Barra do Furado, acompanhados por secretários e técnicos das duas prefeituras e engenheiros da Odebrecht, Queiroz Galvão e Grupo OAS, empresas envolvidas no empreendimento. A comitiva percorreu o local onde será implantado o sistema de transferência de areia de Barra para Farol, que permitirá a entrada de navios no canal.


O engenheiro australiano Greaeme MacIlwain, criador do sistema by-pass, que vai facilitar a construção do Complexo, esteve presente no local e conheceu de perto toda a área onde o projeto será construído.


— O sistema by-pass com certeza funcionará, pois na Austrália, as condições são bem semelhantes com as que vejo aqui. É uma obra de grande magnitude e os riscos são do mesmo tamanho. Esta obra será muito similar com a que existe em meu país e tem tudo para dar certo — disse.


O grupo analisou dados técnicos, como de batimetria e sondagem, do sistema by-pass e definindo os detalhes da obra para a dragagem do Canal das Flechas. Eles discutiram o detalhamento para a execução das obras de infra-estrutura orçadas em R$ 166 milhões para a dragagem, o by pass, a construção de mais 130 metros de enrocamento de pedras (conclusão do espigão já existente) e da construção de um píer de 400 metros para adequação das correntes marinhas no lado Sul da foz do ca-nal, para evitar assoreamento.


Nahim disse que a visita do engenheiro australiano, Greaeme MacIlwain, é para reavaliar o que foi realizado na região aqui alguns anos atrás, e saber que tipo de serviço será necessário aqui. “Campos e Quissamã estão investindo numa obra deste porte para gerar desenvolvimento para todos e em função de tudo que será instalado aqui na Barra do Furado, vamos conseguir gerar 15 mil empregos. Estou conversando com o prefeito Armando Carneiro para que haja um esforço de nossa parte para que o cronograma das obras seja cumprido. Esperamos que, nos próximos 18 meses, toda a obra seja concluída e que tudo esteja funcionando”, afirmou Nahim.


O prefeito de Quissamã, Armando Carneiro, afirmou, durante a visita, que tem certeza que o projeto vai gerar uma mudança muito grande em toda região. “A economia norte-fluminense vai ser impactada por esse projeto. A geografia física deste local vai mudar. Teremos uma maior integração quando o Complexo Barra do Furado começar a funcionar junto ao Porto do Açu, o mapa do desenvolvimento do município vai mudar”, disse.


Nahim afirmou que foi feito um estudo de impacto social pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e já foram detectadas algumas ações a serem feitas na região. “Os dois municípios já estão cientes que terão de ter uma estrutura de acompanhamento para organizar e preparar a infraestrutura necessária para receber o volume de pessoas que vi-rão para cá. Não adianta cres-cermos desordenadamente, va-mos crescer dando estrutura para quem vai trabalhar, essa é a nossa preocupação”, disse.
Nahim.

Estudo de impacto já está em andamento

O secretário de Desenvolvimento Econômico e Petróleo, Eraldo Bacelar, que também esteve presente ontem em Barra do Furado, disse que Quissamã já realizou um estudo de impacto social através da Universidade Federal Fluminense (UFF) e afirmou que Campos já contratou uma equipe de técnicos para realizar o mesmo estudo, já em andamento.


Ele disse que a preocupação social e ambiental na região não se restringe as duas prefeituras, e que as empresas que irão se instalar na Barra do Furado também têm este objetivo. “Temos que aprender com os exemplos que deram certo no Mundo, onde o crescimento se deu de forma coordenada e percebermos que estamos vivendo um momento ímpar em termos de Brasil e aqui, é o melhor local para este tipo de investimento, por sua localização estratégica e proximidade dos grandes centros consumidores e produtores. Nós temos esta visão e estamos trabalhando nisso, trouxemos uma empresa australiana de mais de 20 anos de experiência pa-ra executar um trabalho que equacione esta erosão do de Campos e o assoreamento do lado de Quissamã”, disse.


Bacelar lembra que esta preocupação econômica e sócio-ambiental está presente em qualquer projeto de grande porte que afete a vida de dois municípios.

fonte: folha da manhã.

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